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Os Belard

Genealogia e história de uma família em Belard.pt

António Belard Mantero de Mendonça Alves

António Belard Mantero de Mendonça Alves

M. 1922 - 1975  (52 anos)

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Geração: 1

  1. 1.  António Belard Mantero de Mendonça Alves nasceu em 10/10/1922 em Lisboa (filho de Alexandre de Mendonça Alves e D. Laura Mantero Belard); faleceu em 12/06/1975 em Lisboa.

    Outros Eventos e Atributos:

    • Profissão: Administrador de empresas

    António casou com D. Lucília de Oliveira Mateus [Ficha familiar] [Diagrama familiar]

    Filhos:
    1. Eng. Miguel Mateus Mantero de Mendonça Alves nasceu em 12/01/1952 em Lisboa; faleceu em 27/04/2009 em Lisboa.
    2. José Mateus Mantero de Mendonça Alves
    3. Dr. Pedro Mateus Mantero de Mendonça Alves

Geração: 2

  1. 2.  Alexandre de Mendonça Alves nasceu em 27/04/1893 em Lisboa (Coração de Jesus); faleceu em 15/03/1968 em Sabugosa, Tondela.

    Outros Eventos e Atributos:

    • Profissão: Grande industrial, sócio-gerente da Sociedade Mineira Industrial e Comercial (concessionária de minas de volfrâmio), da Sociedade Mineira Videmonte (concessionária de 6 minas de volfrâmio e estanho), da Companhia Mineira Cassível (concessionária de 14 minas), da Companhia Comercial e Industrial de Automóveis (proprietária da Taverna Imperial Bar), da Companhia Anglo-Portuguesa de Peixe (concessionária de explorações no Ultramar), da Western Iberian Materials (minas e minérios) e da Companhia Agrícola de Cazengue

    Alexandre casou com D. Laura Mantero Belard em 08/12/1921 em Lisboa (Lumiar). Laura (filha de D. Francisco de Assis Diego José Maria del Rosário Mantero y Velarde e D. Maria Amélia Muller Belard) nasceu em 10/04/1896 em Lisboa (São Mamede); faleceu em 16/05/1980 em Lisboa. [Ficha familiar] [Diagrama familiar]


  2. 3.  D. Laura Mantero Belard nasceu em 10/04/1896 em Lisboa (São Mamede) (filha de D. Francisco de Assis Diego José Maria del Rosário Mantero y Velarde e D. Maria Amélia Muller Belard); faleceu em 16/05/1980 em Lisboa.
    Filhos:
    1. 1. António Belard Mantero de Mendonça Alves nasceu em 10/10/1922 em Lisboa; faleceu em 12/06/1975 em Lisboa.
    2. D. Maria Teresa Belard Mantero de Mendonça Alves nasceu em 03/04/1924 em Lisboa (Campo Grande); faleceu em 29/10/2018.


Geração: 3

  1. 6.  D. Francisco de Assis Diego José Maria del Rosário Mantero y VelardeD. Francisco de Assis Diego José Maria del Rosário Mantero y Velarde nasceu em 04/10/1853 em Puerto Real, Cádiz, Espanha (filho de D. Antonio José Maria del Carmen Mantero y Velez e D. Joaquina Maria Josefa Ignacia de la Santisima Trinidad Velarde y Romero); faleceu em 23/04/1928 em Lisboa (Lumiar); foi sepultado em Jazigo Mantero, nº 4920 - Cemitério dos Prazeres, Lisboa (Estrela), Portugal.

    Outros Eventos e Atributos:

    • Também conhecido por: Francisco Mantero
    • Condecorações: Grã-cruz da Ordem Civil do Mérito Agrícola (24/5/1902) Cavaleiro (10/5/1923) e Comendador da Ordem de Cristo Cavaleiro de 1ª classe da Ordem do Mérito Naval de Espanha, com distintivo branco Comendador da Ordem de Leopoldo, da Bélgica Cavaleiro grã-cruz da Ordem de Isabel, a Católica, de Espanha
    • Obras Publicadas: "A mão d'obra em S. Thomé e Principe", Lisboa, ed. Autor, 1910 (com edições em português, espanhol, francês e inglês) "A mão d'obra indígena nas colónias africanas", Lisboa, Sociedade de Geografia, 1924 (tese apresentada no 2º Congresso Colonial Nacional) "Elementos de Estatística de São Tomé e Príncipe" "Os Meios de Comunicação em São Tomé e Príncipe"
    • Dados Biográficos: Em 1869, quando ele tinha 16 anos, o seu tio D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard) (1823-1892), na altura já um próspero comerciante e agricultor, convidou-o a juntar-se-lhe em São Tomé para o ajudar nos negócios. D. Francisco Mantero começou por se dedicar ao comércio, mas rapidamente se associou ao tio na exploração da roça Santa Margarida, e começou também a exploração das roças Monte Macaco e Maianço com o sócio Manuel Joaquim Teixeira. Na década de 1880 formou a roça Esperança e começou a explorar vastas concessões na Ilha do Príncipe, como a roça Infante D. Henrique, que fundou e administrou. Já depois de casado com sua prima D. Maria Amélia Muller Belard (1870-1952), em 1895, foi convidado para gerir a grande roça Água-Izé, que tinha sido fundada por João Maria de Sousa e Almeida, o famoso barão de Água-Izé, e era então propriedade do Banco Nacional Ultramarino. D. Francisco Mantero imprimiu uma estrutura empresarial à exploração das roças de São Tomé, fundando a Companhia da Ilha do Príncipe e a Sociedade Agrícola Colonial, as duas mais importantes sociedades de São Tomé e Príncipe da época, das quais foi administrador e um dos principais accionistas. A Companhia da Ilha do Príncipe veio a comprar a roça Água-Izé em 1898, e a Sociedade Agrícola Colonial integrou, entre outras, a roça Santa Margarida fundada pelo seu tio e sogro.
      Acção da Sociedade de Agricultura Colonial, 1898 Acção da Sociedade de Agricultura Colonial, de 1898, com a assinatura de D. Francisco Mantero Esta visão empresarial da agricultura estendeu-se a outras colónias: D. Francisco Mantero fundou em Angola a Companhia de Cabinda e a Companhia do Cazengo, em Moçambique criou os Prazos de Lugela e fundou a Companhia de Timor. Em 1889 solicitou ao Governador de São Tomé a concessão de um caminho de ferro na ilha, que não teve na altura qualquer efeito mas foi o ponto de partida para o movimento que levaria à construção das várias linhas de caminho de ferro em São Tomé e Príncipe. Note-se que em 1895 já existiam linhas de caminho de ferro privadas nas roças mais importantes, como por exemplo na roça Santa Margarida. Depois de regressar definitivamente a Lisboa fundou, em 5/8/1916, a Sociedade Francisco Mantero, Lda., desde 1967 denominada Sociedade Comercial Francisco Mantero, S.A.R.L. Foi presidente da Câmara de Comércio Espanhola em Lisboa, presidente da direcção do Asilo da Infância Desvalida do Lumiar e da Escola José Estêvão, sócio fundador da Sociedade de Geografia de Lisboa, sócio benemérito da Academia Musical (1883), presidente honorário do Centro Colonial de Lisboa e sócio honorário da Associação de Escritores e Artistas de Madrid. Segundo o Dr. Jorge Forjaz, in "Genealogias de São Tomé e Príncipe - Subsídios", 2011,

      "Consta que o Rei D. Carlos o quis agraciar «com o título de conde e posteriormente de marquês, inequivocamente recusados por Francisco Mantero»".

      Não tenho elementos que confirmem ou desmintam esta afirmação. Em 1971, a Câmara Municipal de Lisboa atribuiu o seu nome a uma rua na freguesia dos Olivais. O seu importantíssimo espólio documental foi depositado pelo seu bisneto Dr. Francisco Xavier Zea Mantero (1948-2021) no Arquivo Histórico Ultramarino, onde ficou com o nome "Fundo Francisco Mantero". Há um verbete sobre ele na "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira", que se reproduz aqui:
      Verbete sobre D. Francisco Mantero (1853-1928) na GEPB, 1947 "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira", vol. 16, pg. 150 (1947) Este verbete tem um erro: D. Francisco Mantero nasceu em Cádiz e não em Lisboa
      Duarte Pape e Rodrigo Rebelo de Andrade não deixam de considerar o papel de D. Francisco Mantero no desenvolvimento da agricultura em São Tomé:
      "As Roças de São Tomé e Príncipe", Lisboa, Tinta-da-China, 2013, pg. 27
    • Morada: D. Francisco Mantero comprou a Quinta dos Lilases, no Lumiar, e durante 25 anos dedicou-se intensamente à restauração e ampliação da casa da mesma. Em 1897 comprou a parte rústica da Quinta das Conchas, que lhe ficava anexa. No centro do grande lago artificial da Quinta das Conchas mandou fazer duas pequenas ilhas arborizadas com palmeiras, que evocam as ilhas de São Tomé e Príncipe. A Quinta dos Lilases antigamente A Quinta dos Lilases hoje, sede da Academia Portuguesa de História O lago na Quinta das Conchas com as duas pequenas ilhas artificiais simbolizando São Tomé e Príncipe

    Francisco casou com D. Maria Amélia Muller Belard em 10/11/1887 (Católico) em Igreja de Santa Isabel, Lisboa. Maria (filha de D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard) e D. Amélia Muller) nasceu em 10/12/1870 em Lisboa (Mártires); faleceu em 01/08/1952 em Lisboa (S. Sebastião da Pedreira). [Ficha familiar] [Diagrama familiar]


  2. 7.  D. Maria Amélia Muller BelardD. Maria Amélia Muller Belard nasceu em 10/12/1870 em Lisboa (Mártires) (filha de D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard) e D. Amélia Muller); faleceu em 01/08/1952 em Lisboa (S. Sebastião da Pedreira).

    Outros Eventos e Atributos:

    • Também conhecido por: 01/08/1952, Assento de Óbito; Maria Amélia Belard Muller E Maria Amélia Belard Mantero

    Notas:

    Faleceu:
    Embora o Dr. Jorge Forjaz indique a data de 12 de Agosto, o Registo de Óbito é de 1 de Agosto
    Faleceu de diabetes, segundo o mesmo registo

    Filhos:
    1. Dr. António Mantero Belard de Albuquerque e Castro nasceu em 10/04/1889 em Lisboa (Santa Isabel); faleceu em 02/12/1952 em Lisboa (S. Sebastião da Pedreira).
    2. Francisco Mantero Belard nasceu em 26/05/1891 em Lisboa (Santa Isabel); foi baptizado em 25/07/1891 em Igreja de Santa Isabel, Lisboa; faleceu cerca/de/1955 em Lisboa (S. Sebastião da Pedreira).
    3. D. Amélia Mantero Belard nasceu em 12/06/1892 em Lisboa (Santa Isabel); faleceu em 19/09/1975 em Lisboa.
    4. Dr. Carlos Mantero Belard, I nasceu em 24/01/1895 em Lisboa; faleceu em 24/09/1980 em Dublin, Irlanda.
    5. 3. D. Laura Mantero Belard nasceu em 10/04/1896 em Lisboa (São Mamede); faleceu em 16/05/1980 em Lisboa.
    6. Enrique Mantero Belard nasceu em 18/12/1903 em Lisboa; faleceu em 26/05/1974 em Lisboa.
    7. Eng. Artur Mantero Belard nasceu em 31/12/1905 em Lisboa; faleceu em 14/06/1933 em Lisboa (Lumiar); foi sepultado em Jazigo Mantero, nº 4920 - Cemitério dos Prazeres, Lisboa (Estrela), Portugal.


Geração: 4

  1. 12.  D. Antonio José Maria del Carmen Mantero y Velez nasceu em 1814 em Espanha (filho de D. Santiago Mantero y Picardo e D. Josefa Velez y Sanchez).

    Antonio casou com D. Joaquina Maria Josefa Ignacia de la Santisima Trinidad Velarde y Romero em 30/09/1850 em Puerto Real, Cádiz, Espanha. Joaquina (filha de D. Francisco Servando Velarde y Barcia e D. Margarita Romero) nasceu em 31/07/1818 em Cádiz, Espanha; foi baptizada cerca/de/1818 em Cádiz (Santa Cruz), Espanha; faleceu em 14/07/1891; foi sepultada em Jazigo Mantero, nº 4920 - Cemitério dos Prazeres, Lisboa (Estrela), Portugal. [Ficha familiar] [Diagrama familiar]


  2. 13.  D. Joaquina Maria Josefa Ignacia de la Santisima Trinidad Velarde y RomeroD. Joaquina Maria Josefa Ignacia de la Santisima Trinidad Velarde y Romero nasceu em 31/07/1818 em Cádiz, Espanha; foi baptizada cerca/de/1818 em Cádiz (Santa Cruz), Espanha (filha de D. Francisco Servando Velarde y Barcia e D. Margarita Romero); faleceu em 14/07/1891; foi sepultada em Jazigo Mantero, nº 4920 - Cemitério dos Prazeres, Lisboa (Estrela), Portugal.

    Outros Eventos e Atributos:

    • Também conhecido por: D. Joaquina Velarde y Romero de Mantero

    Filhos:
    1. D. António Mantero y Velarde nasceu em 1852 em Espanha; faleceu em 1905.
    2. 6. D. Francisco de Assis Diego José Maria del Rosário Mantero y Velarde nasceu em 04/10/1853 em Puerto Real, Cádiz, Espanha; faleceu em 23/04/1928 em Lisboa (Lumiar); foi sepultado em Jazigo Mantero, nº 4920 - Cemitério dos Prazeres, Lisboa (Estrela), Portugal.

  3. 14.  D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard)D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard) nasceu em 1823 em Catedral Velha, Cádiz, Espanha (filho de D. Francisco Servando Velarde y Barcia e D. Margarita Romero); faleceu em 19/03/1892 em Quinta dos Marechais, Lisboa (Benfica); foi sepultado em 23/03/1897 em Jazigo Belard, nº 3865 - Cemitério dos Prazeres, Lisboa (Estrela), Portugal.

    Outros Eventos e Atributos:

    • Dados Biográficos: D. Francisco de Assis Velarde y Romero foi muito novo para S. Tomé e Príncipe (por volta de 1841-43?), segundo tradição familiar por razões políticas, provavelmente no quadro da guerra Carlista que agitou a Espanha no segundo quartel do século XIX e da repressão durante as regências que se lhe seguiram [1]. Desde essa altura, e possivelmente pelas mesmas razões, passou a assinar "Belard" em vez de "Velarde", embora esta questão permaneça em aberto (v. neste site A origem do apelido Belard). Ainda segundo a tradição familiar, D. Francisco terá ido de Cádiz primeiro para Cabo Verde, provavelmente via Lisboa. Para mim, o destino lógico para um espanhol que pretendia emigrar seria, na época, a América Latina, pelo que suponho que fosse esse o destino dele quando deixou Cádiz, e uma paragem em Cabo Verde não me parece logisticamente improvável; e como a sua primeira mulher, D. Mariana de Senna Freitas, era natural precisamente da Ilha Brava, em Cabo Verde, admito que se tenham conhecido aí. Parece-me mais lógico, também, que se tenham casado em Cabo Verde e não na Ilha do Príncipe, para onde devem ter ido já casados, mas faltam-me provas documentais para o confirmar. Em S. Tomé começou uma fulgurante carreira comercial e agrícola, primeiro como agente da Companhia União Mercantil (de João Maria de Sousa e Almeida, barão de Água Izé), proprietária do primeiro navio a vapor que aportou a São Tomé, o "D. Estefânia", agência de que saiu em 1860 [2], por a Companhia ter sido vendida a José Maria de Freitas, dedicando-se depois ao comércio por grosso de secos e molhados, com diversas lojas na cidade (Rua General Calheiros, Rua de Goês e Rua de Soares), na Trindade (Cima Cola) e em Santana. A partir de 1855 lançou os fundamentos da grande roça Santa Margarida, constituída por 4 dependências - Santa Margarida, Pedra Maria e S. José, na Madalena, e Maianço, em Santo Amaro, com uma área total cultivada de 810 hectares (v. neste site São Tomé e Príncipe e a Roça Santa Margarida). É considerado um dos quatro introdutores da moderna (à época) agricultura em S. Tomé e Príncipe, juntamente com João Maria de Sousa e Almeida (o já referido e famoso barão de Água-Izé), Manuel José da Costa Pedreira e José Maria de Freitas. No livro "Cocoa and chocolate, 1765-1914", de W. G. Clarence-Smith, 2000, o nome de D. Francisco Velarde é mesmo o único a que é dado destaque neste período, nos termos que transcrevo:

      "Most traders on São Tomé island in 1872 had Portuguese names, and appear to have been mainly immigrants from Portugal, together with some 'sons of the land'. However, one of the foremost merchant-planters was a Spaniard, Francisco de Asis Belard (Velarde), who later drew the Spanish Mantero family to the colony."

      De facto, em 1869 D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard) chamou para junto de si, com o objectivo de o ajudar nos negócios, o sobrinho D. Francisco de Assis Diego José Maria del Rosário Mantero y Velarde (1853-1928), então com 16 anos, filho de sua irmã D. Joaquina Maria Josefa Ignacia de la Santisima Trinidad Velarde y Romero. D. Francisco Mantero começou por se dedicar ao comércio, mas rapidamente se associou ao tio na exploração da roça Santa Margarida, o que foi o início de uma próspera carreira. Mais tarde, D. Francisco Mantero veio mesmo a casar com a sua prima D. Maria Amélia Muller Belard (1870-1952), filha do 2º casamento do seu tio D. Francisco da Assis Belard, que assim se tornou seu sogro para além de seu tio. D. Francisco de Assis Belard foi vice-cônsul de Espanha em São Tomé, membro da direcção da Sociedade Recreativa Perseverança, fundada em 1862, e grande benemérito da província. Foi naturalizado cidadão português, por Despacho de 10/03/1892 (Diário do Governo nº 57, de 12/03/1892), uma semana antes da sua morte. A respectiva Carta só foi passada a 30/3/1892, quando já tinha falecido. Morou em Lisboa na Travessa do Pombal [3], nº 51, e na Quinta dos Marechais, ao Alto da Boa Vista, em Benfica, quinta que comprou e onde faleceu. Há um pequeno verbete sobre ele na "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira", que se reproduz aqui:
      Verbete sobre D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard) (1823-1892) na GEPB, c. 1940 "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira", vol. 4, pg. 459 (c. 1940) Duarte Pape e Rodrigo Rebelo de Andrade repetem e desenvolvem um pouco esta referência:
      "As Roças de São Tomé e Príncipe", Lisboa, Tinta-da-China, 2013, pg. 27 ____________________ [1] Uma dezena de anos antes tinha sucedido o mesmo ao pai do General António Joaquim Gomes da Fonseca, João Silvestre da Fonseca: combatente liberal, a subida ao trono português de D. Miguel em 1828 levou-o a exilar-se entre 1832 e 1834 em Espanha, mais concretamente em Cabezas Rubias, perto de Huelva, onde nasceu precisamente o seu filho António, que viria a ser genro de D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard). Sendo o General Fonseca de uma família liberal, suponho que o sogro também o fosse; na época, estas opções políticas opunham violentamente as pessoas, e não acredito que D. Francisco de Assis Belard tivesse dado a filha em casamento ao então Tenente Fonseca se não estivesse em sintonia política com este. [2] Ainda em Novembro de 1858 era agente da Companhia União Mercantil. V. Jorge Forjaz, "Genealogias de São Tomé e Príncipe - Subsídios", pg. 381, nota 8 [3] A Travessa do Pombal tinha este nome por aí ter morado o Marquês de Pombal, segundo documentos de 1785 e 1804. Em 1880, a Câmara Municipal de Lisboa, sendo seu Presidente Rosa Araújo, decidiu homenagear o Marquês de Pombal (o ...) pela criação, em 1768, da Impressão Régia, hoje Imprensa Nacional, pelo que o Edital municipal de 29/12/1880 renomeou a Travessa do Pombal em Rua da Imprensa Nacional, nome que mantém até hoje.
    • Nota: Refira-se que, no nome de D. Francisco de Assis Velarde y Romero, "Romero" era o apelido da mãe, que os espanhóis usam ainda hoje em último lugar, embora aos filhos transmitam, como nós, o apelido paterno. O pai dele, por exemplo, era "Velarde y Barcia". Daí que, aos filhos, D. Francisco não transmitiu o apelido Romero, mas Velarde, já na forma que usava desde que foi para São Tomé - "Belard".
    • Condecorações: 18/12/1867; Cavaleiro da Ordem de Cristo (Diário de Lisboa nº 129, de 08/06/1868)

    Notas:

    Faleceu:
    Nesta Quinta dos Marechais, que pertenceu a D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard), viveu e morreu mais tarde, em 1923, a mãe de Fernando Pessoa...

    Francisco casou com D. Amélia Muller em 07/02/1870 (Católico) em Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Conceição, Lisboa (Conceição Nova). Amélia (filha de António Muller Jr. e D. Maria José Muller) nasceu em 06/02/1847 em Lisboa (Santa Catarina); foi baptizada em 22/01/1850 em Igreja de Santa Catarina, Lisboa; faleceu em 19/02/1921 em Lisboa; foi sepultada em Jazigo Belard, nº 3865 - Cemitério dos Prazeres, Lisboa (Estrela), Portugal. [Ficha familiar] [Diagrama familiar]


  4. 15.  D. Amélia MullerD. Amélia Muller nasceu em 06/02/1847 em Lisboa (Santa Catarina); foi baptizada em 22/01/1850 em Igreja de Santa Catarina, Lisboa (filha de António Muller Jr. e D. Maria José Muller); faleceu em 19/02/1921 em Lisboa; foi sepultada em Jazigo Belard, nº 3865 - Cemitério dos Prazeres, Lisboa (Estrela), Portugal.
    Filhos:
    1. 7. D. Maria Amélia Muller Belard nasceu em 10/12/1870 em Lisboa (Mártires); faleceu em 01/08/1952 em Lisboa (S. Sebastião da Pedreira).
    2. João Muller Belard nasceu em 23/06/1875 em Lisboa (São José); foi baptizado em 11/11/1875 em Igreja Paroquial de São José, Lisboa; faleceu em 08/05/1935 em Porto (Paranhos).
    3. D. Josefa Muller Belard nasceu em 26/07/1877 em Lisboa (São José); faleceu em 23/04/1939 em Lisboa (S. Sebastião da Pedreira).
    4. D. Lucinda Muller Belard nasceu em 1878 em Lisboa (São José); faleceu em 04/05/1951 em Lisboa.
    5. António Muller Belard nasceu em 02/04/1880 em Lisboa (Santa Isabel); faleceu em 05/02/1944 em Viseu (Freguesia Oriental).
    6. D. Joaquina Muller Belard nasceu em 23/08/1881 em Lisboa (Santa Isabel); faleceu em 1963 em Parede.




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