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Os Belard

Genealogia e história de uma família em Belard.pt

D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard)

D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard)
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M. 1823 - 1892  (69 anos)

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Geração: 1

  1. 1.  D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard)D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard) nasceu em 1823 em Catedral Velha, Cádiz, Espanha (filho de D. Francisco Servando Velarde y Barcia e D. Margarita Romero); faleceu em 19/03/1892 em Quinta dos Marechais, Lisboa (Benfica); foi sepultado em 23/03/1897 em Jazigo Belard, nº 3865 - Cemitério dos Prazeres, Lisboa (Estrela), Portugal.

    Outros Eventos e Atributos:

    • Dados Biográficos: D. Francisco de Assis Velarde y Romero foi muito novo para S. Tomé e Príncipe (por volta de 1841-43?), segundo tradição familiar por razões políticas, provavelmente no quadro da guerra Carlista que agitou a Espanha no segundo quartel do século XIX e da repressão durante as regências que se lhe seguiram [1]. Desde essa altura, e possivelmente pelas mesmas razões, passou a assinar "Belard" em vez de "Velarde", embora esta questão permaneça em aberto (v. neste site A origem do apelido Belard). Ainda segundo a tradição familiar, D. Francisco terá ido de Cádiz primeiro para Cabo Verde, provavelmente via Lisboa. Para mim, o destino lógico para um espanhol que pretendia emigrar seria, na época, a América Latina, pelo que suponho que fosse esse o destino dele quando deixou Cádiz, e uma paragem em Cabo Verde não me parece logisticamente improvável; e como a sua primeira mulher, D. Mariana de Senna Freitas, era natural precisamente da Ilha Brava, em Cabo Verde, admito que se tenham conhecido aí. Parece-me mais lógico, também, que se tenham casado em Cabo Verde e não na Ilha do Príncipe, para onde devem ter ido já casados, mas faltam-me provas documentais para o confirmar. Em S. Tomé começou uma fulgurante carreira comercial e agrícola, primeiro como agente da Companhia União Mercantil (de João Maria de Sousa e Almeida, barão de Água Izé), proprietária do primeiro navio a vapor que aportou a São Tomé, o "D. Estefânia", agência de que saiu em 1860 [2], por a Companhia ter sido vendida a José Maria de Freitas, dedicando-se depois ao comércio por grosso de secos e molhados, com diversas lojas na cidade (Rua General Calheiros, Rua de Goês e Rua de Soares), na Trindade (Cima Cola) e em Santana. A partir de 1855 lançou os fundamentos da grande roça Santa Margarida, constituída por 4 dependências - Santa Margarida, Pedra Maria e S. José, na Madalena, e Maianço, em Santo Amaro, com uma área total cultivada de 810 hectares (v. neste site São Tomé e Príncipe e a Roça Santa Margarida). É considerado um dos quatro introdutores da moderna (à época) agricultura em S. Tomé e Príncipe, juntamente com João Maria de Sousa e Almeida (o já referido e famoso barão de Água-Izé), Manuel José da Costa Pedreira e José Maria de Freitas. No livro "Cocoa and chocolate, 1765-1914", de W. G. Clarence-Smith, 2000, o nome de D. Francisco Velarde é mesmo o único a que é dado destaque neste período, nos termos que transcrevo:

      "Most traders on São Tomé island in 1872 had Portuguese names, and appear to have been mainly immigrants from Portugal, together with some 'sons of the land'. However, one of the foremost merchant-planters was a Spaniard, Francisco de Asis Belard (Velarde), who later drew the Spanish Mantero family to the colony."

      De facto, em 1869 D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard) chamou para junto de si, com o objectivo de o ajudar nos negócios, o sobrinho D. Francisco de Assis Diego José Maria del Rosário Mantero y Velarde (1853-1928), então com 16 anos, filho de sua irmã D. Joaquina Maria Josefa Ignacia de la Santisima Trinidad Velarde y Romero. D. Francisco Mantero começou por se dedicar ao comércio, mas rapidamente se associou ao tio na exploração da roça Santa Margarida, o que foi o início de uma próspera carreira. Mais tarde, D. Francisco Mantero veio mesmo a casar com a sua prima D. Maria Amélia Muller Belard (1870-1952), filha do 2º casamento do seu tio D. Francisco da Assis Belard, que assim se tornou seu sogro para além de seu tio. D. Francisco de Assis Belard foi vice-cônsul de Espanha em São Tomé, membro da direcção da Sociedade Recreativa Perseverança, fundada em 1862, e grande benemérito da província. Foi naturalizado cidadão português, por Despacho de 10/03/1892 (Diário do Governo nº 57, de 12/03/1892), uma semana antes da sua morte. A respectiva Carta só foi passada a 30/3/1892, quando já tinha falecido. Morou em Lisboa na Travessa do Pombal [3], nº 51, e na Quinta dos Marechais, ao Alto da Boa Vista, em Benfica, quinta que comprou e onde faleceu. Há um pequeno verbete sobre ele na "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira", que se reproduz aqui:
      Verbete sobre D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard) (1823-1892) na GEPB, c. 1940 "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira", vol. 4, pg. 459 (c. 1940) Duarte Pape e Rodrigo Rebelo de Andrade repetem e desenvolvem um pouco esta referência:
      "As Roças de São Tomé e Príncipe", Lisboa, Tinta-da-China, 2013, pg. 27 ____________________ [1] Uma dezena de anos antes tinha sucedido o mesmo ao pai do General António Joaquim Gomes da Fonseca, João Silvestre da Fonseca: combatente liberal, a subida ao trono português de D. Miguel em 1828 levou-o a exilar-se entre 1832 e 1834 em Espanha, mais concretamente em Cabezas Rubias, perto de Huelva, onde nasceu precisamente o seu filho António, que viria a ser genro de D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard). Sendo o General Fonseca de uma família liberal, suponho que o sogro também o fosse; na época, estas opções políticas opunham violentamente as pessoas, e não acredito que D. Francisco de Assis Belard tivesse dado a filha em casamento ao então Tenente Fonseca se não estivesse em sintonia política com este. [2] Ainda em Novembro de 1858 era agente da Companhia União Mercantil. V. Jorge Forjaz, "Genealogias de São Tomé e Príncipe - Subsídios", pg. 381, nota 8 [3] A Travessa do Pombal tinha este nome por aí ter morado o Marquês de Pombal, segundo documentos de 1785 e 1804. Em 1880, a Câmara Municipal de Lisboa, sendo seu Presidente Rosa Araújo, decidiu homenagear o Marquês de Pombal (o ...) pela criação, em 1768, da Impressão Régia, hoje Imprensa Nacional, pelo que o Edital municipal de 29/12/1880 renomeou a Travessa do Pombal em Rua da Imprensa Nacional, nome que mantém até hoje.
    • Nota: Refira-se que, no nome de D. Francisco de Assis Velarde y Romero, "Romero" era o apelido da mãe, que os espanhóis usam ainda hoje em último lugar, embora aos filhos transmitam, como nós, o apelido paterno. O pai dele, por exemplo, era "Velarde y Barcia". Daí que, aos filhos, D. Francisco não transmitiu o apelido Romero, mas Velarde, já na forma que usava desde que foi para São Tomé - "Belard".
    • Condecorações: 18/12/1867; Cavaleiro da Ordem de Cristo (Diário de Lisboa nº 129, de 08/06/1868)

    Notas:

    Faleceu:
    Nesta Quinta dos Marechais, que pertenceu a D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard), viveu e morreu mais tarde, em 1923, a mãe de Fernando Pessoa...

    Francisco casou com D. Mariana Urbana de Senna Freitas cerca/de/1845 (Católico) em Ilha do Príncipe. Mariana (filha de João Jacinto de Freitas e D. Libânia de Senna) nasceu em 03/06/1828 em São João Baptista (hoje Nova Sintra), Ilha Brava, Cabo Verde; foi baptizada em 21/09/1828 em Igreja de São João Baptista, São João Baptista (hoje Nova Sintra), Ilha Brava, Cabo Verde; faleceu antes/de/1865 em São Tomé. [Ficha familiar] [Diagrama familiar]

    Notas:

    Casamento:
    Tenho dúvidas se o casamento de D. Francisco de Assis Velarde y Romero com D. Mariana Urbana de Senna Freitas não se terá celebrado na Ilha Brava, em Cabo Verde, tendo eles ido para São Tomé e Príncipe já casados.
    Outra hipótese seria ela ter ido para a Ilha do Príncipe com a irmã D. Gertrudes, após o casamento desta com o Dr. Teodósio da Silva Bastos Varela.
    Contudo, não encontrei nada nos Assentos de Casamento da Ilha Brava, no período correspondente, nem em relação ao casamento dela nem ao da irmã D. Gertrudes.
    Será necessário fazer a pesquisa nos Registos Paroquiais de São Tomé e Príncipe, mas segundo o livro do Dr. Jorge Forjaz não existem em São Tomé os livros paroquiais mais antigos (os existentes começam por volta de 1850). Supostamente, em 1911 o governo da República terá ordenado o envio de todos os registos paroquiais antigos para Lisboa. Estarão em Lisboa (eventualmente na Torre do Tombo ou no Arquivo Histórico Ultramarino) ou terão desaparecido?

    Filhos:
    1. D. Margarida de Assis de Freitas Belard nasceu em 11/05/1845 em Ilha de São Tomé (Graça); faleceu em 13/01/1924 em Lisboa; foi sepultada em 01/1924 em Jazigo Castelo - Cemitério do Alto de São João, Lisboa.
    2. D. Francisco de Assis Belard Júnior nasceu em 06/02/1850 em Freguesia da Conceição, São Tomé; foi baptizado em 20/12/1851; faleceu em 22/09/1892 em Lisboa (Santa Isabel); foi sepultado em 23/03/1897 em Jazigo Belard, nº 3865 - Cemitério dos Prazeres, Lisboa (Estrela), Portugal.

    Francisco casou com em Não/casaram. [Ficha familiar] [Diagrama familiar]

    Filhos:
    1. Mariana da Silva Belard nasceu em 1865 em São Tomé; faleceu em 20/04/1867 em São Tomé (Graça).

    Francisco casou com D. Amélia Muller em 07/02/1870 (Católico) em Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Conceição, Lisboa (Conceição Nova). Amélia (filha de António Muller Jr. e D. Maria José Muller) nasceu em 06/02/1847 em Lisboa (Santa Catarina); foi baptizada em 22/01/1850 em Igreja de Santa Catarina, Lisboa; faleceu em 19/02/1921 em Lisboa; foi sepultada em Jazigo Belard, nº 3865 - Cemitério dos Prazeres, Lisboa (Estrela), Portugal. [Ficha familiar] [Diagrama familiar]

    Filhos:
    1. D. Maria Amélia Muller Belard nasceu em 10/12/1870 em Lisboa (Mártires); faleceu em 01/08/1952 em Lisboa (S. Sebastião da Pedreira).
    2. João Muller Belard nasceu em 23/06/1875 em Lisboa (São José); foi baptizado em 11/11/1875 em Igreja Paroquial de São José, Lisboa; faleceu em 08/05/1935 em Porto (Paranhos).
    3. D. Josefa Muller Belard nasceu em 26/07/1877 em Lisboa (São José); faleceu em 23/04/1939 em Lisboa (S. Sebastião da Pedreira).
    4. D. Lucinda Muller Belard nasceu em 1878 em Lisboa (São José); faleceu em 04/05/1951 em Lisboa.
    5. António Muller Belard nasceu em 02/04/1880 em Lisboa (Santa Isabel); faleceu em 05/02/1944 em Viseu (Freguesia Oriental).
    6. D. Joaquina Muller Belard nasceu em 23/08/1881 em Lisboa (Santa Isabel); faleceu em 1963 em Parede.

Geração: 2

  1. 2.  D. Francisco Servando Velarde y Barcia nasceu em 23/10/1766 em Puerto Real, Cádiz, Espanha; foi baptizado em 27/10/1766 em Igreja de Puerto Real, Cádiz, Espanha (filho de D. Joaquin Antonio de Cieza Castañeda Velarde e D. Magdalena de Barcia).

    Francisco casou com D. Margarita Romero em Igreja de Puerto Real, Cádiz, Espanha. [Ficha familiar] [Diagrama familiar]


  2. 3.  D. Margarita Romero (filha de D. Miguel Romero e D. Inés Ascencia).
    Filhos:
    1. D. Joaquina Maria Josefa Ignacia de la Santisima Trinidad Velarde y Romero nasceu em 31/07/1818 em Cádiz, Espanha; foi baptizada cerca/de/1818 em Cádiz (Santa Cruz), Espanha; faleceu em 14/07/1891; foi sepultada em Jazigo Mantero, nº 4920 - Cemitério dos Prazeres, Lisboa (Estrela), Portugal.
    2. 1. D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard) nasceu em 1823 em Catedral Velha, Cádiz, Espanha; faleceu em 19/03/1892 em Quinta dos Marechais, Lisboa (Benfica); foi sepultado em 23/03/1897 em Jazigo Belard, nº 3865 - Cemitério dos Prazeres, Lisboa (Estrela), Portugal.


Geração: 3

  1. 4.  D. Joaquin Antonio de Cieza Castañeda Velarde nasceu em 10/12/1728 em Villayuso del Valle de Cieza, Espanha; foi baptizado em 02/01/1729 (filho de D. Juan Antonio de Cieza Castañeda Velarde e D. Clara Fernandez de Quijano).

    Outros Eventos e Atributos:

    • Morada: ant. 1756; Mudou-se do Vale de Cieza, nas Astúrias, para Puerto Real, na província de Cádiz

    Notas:

    Foi baptizado:
    Foi seu padrinho o pároco D. Antonio Velarde, certamente da família

    Joaquin casou com D. Magdalena de Barcia em 26/06/1756 (Católico) em Igreja de San Sebastián, Puerto Real, Cádiz, Espanha. Magdalena (filha de D. Alberto de Barcia e D. Maria Bernal Jimenez) nasceu cerca/de/1735 em Puerto Real, Cádiz, Espanha. [Ficha familiar] [Diagrama familiar]


  2. 5.  D. Magdalena de Barcia nasceu cerca/de/1735 em Puerto Real, Cádiz, Espanha (filha de D. Alberto de Barcia e D. Maria Bernal Jimenez).
    Filhos:
    1. 2. D. Francisco Servando Velarde y Barcia nasceu em 23/10/1766 em Puerto Real, Cádiz, Espanha; foi baptizado em 27/10/1766 em Igreja de Puerto Real, Cádiz, Espanha.

  3. 6.  D. Miguel Romero nasceu em em Espanha.

    Miguel casou com D. Inés Ascencia. Inés nasceu em em Espanha. [Ficha familiar] [Diagrama familiar]


  4. 7.  D. Inés Ascencia nasceu em em Espanha.
    Filhos:
    1. 3. D. Margarita Romero


Geração: 4

  1. 8.  D. Juan Antonio de Cieza Castañeda Velarde nasceu cerca/de/1690 (filho de D. Juan de Cieza Castañeda Velarde e D. Maria Fernandez); faleceu em 13/11/1748.

    Juan casou com D. Clara Fernandez de Quijano cerca/de/1715-1725?. Clara (filha de D. Marcos Fernandez de Quijano e D. Josefa de Terán) nasceu em 1693; faleceu em 26/05/1760. [Ficha familiar] [Diagrama familiar]


  2. 9.  D. Clara Fernandez de Quijano nasceu em 1693 (filha de D. Marcos Fernandez de Quijano e D. Josefa de Terán); faleceu em 26/05/1760.
    Filhos:
    1. 4. D. Joaquin Antonio de Cieza Castañeda Velarde nasceu em 10/12/1728 em Villayuso del Valle de Cieza, Espanha; foi baptizado em 02/01/1729.

  3. 10.  D. Alberto de Barcia

    Alberto casou com D. Maria Bernal Jimenez. [Ficha familiar] [Diagrama familiar]


  4. 11.  D. Maria Bernal Jimenez
    Filhos:
    1. 5. D. Magdalena de Barcia nasceu cerca/de/1735 em Puerto Real, Cádiz, Espanha.




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